sexta-feira, abril 01, 2005
Como é eleito o Papa...?
Não só de crítica e humor vive este blog... mas também do verdadeiro serviço público....
Como se fala muito do estado de saúde de João Paulo II e se prevê o pior, este blog resolveu esclarecer todas as dúvidas no que diz respeito à eleição de um novo Papa.
Posto isto...
1.º - Em caso de morte, o camerlengo (cardeal nomeado pelo Papa encarregado da administração dos bens da Santa Igreja entre a morte ou abdicação do Papa e a escolha do seu sucessor) tem a responsabilidade de verificar através de um acto formal a morte do Sumo Pontífice: com a ajuda de um pequeno martelo de prata, bate três vezes na cabeça do falecido e chama-o pelo seu nome de baptismo.
O Anel pontífico e a matriz utilizada no lacre das cartas pontifícias são destruídos.
De seguida, o camerlengo manda selar os aposentos papais e executar o funeral de acordo com as instruções deixadas pelo falecido. O Papa pode ficar sepultado no local que entender: na sua terra natal, no Vaticano ou em outro sítio à sua escolha;
2.º - A Capela Sistina é preparada para o Conclave.
As visitas turísticas são imediatamente suspensas e todo o recinto é revisto "a pente fino" por uma equipa de segurança;
3.º - Os cardeais, cerca de 120, são convocados para o Conclave e reúnem-se o mais tardar 18 dias depois do anúncio da morte ou da abdicação do Papa.
O início do conclave é assinalado com uma missa na Catedral de S. Pedro.
Nessa altura, os conclavistas prestam juramento diante do camerlengo de que não irão quebrar o sigilo a que são obrigados, sob pena de excomunhão;
4.º - Os cardeais entram na Capela Sistina e são fechados à chave pelo lado de fora.
Enquanto não for tomada uma decisão, o que pode demorar horas, dias ou mesmo semanas, os cardeais ficam incomunicáveis. Para que tenham alguma comodidade durante este período, os eleitores são instalados no Palácio do Vaticano, que conta com 108 suites e 23 quartos individuais.
A ocupação dos quartos é feita por sorteio. João Paulo II mandou construir estas residências para permitir uma estadia mais cómoda aos eleitores.
Antigamente os conclavistas ficavam numa galeria do Vaticano onde eram erguidos uns tabiques e era atribuído um cubículo a cada cardeal. Aos cardeais só é permitido falarem entre si.
5.º - O ambiente dentro da capela:• A cadeira do Papa é retirada e são colocadas outras. No altar são colocadas seis velas e um cálice grande que servirá para colocar os votos.• Não são admitidos jornais, televisões, rádios ou aparelhos de gravação de som ou imagem. Existe apenas uma linha telefónica de uso exclusivo do camerlengo para situações de emergência.
6.º - Os cardeais seleccionam entre si nove elementos: três para a recolha dos votos, colocados num recipiente que roda entre os cardeais; três para a contagem dos votos e anúncio dos resultados e outros três para a revisão dos resultados;
7.º - São realizadas quatro votações por dia: duas de manhã e duas à tarde.
O Papa é eleito por dois terços (2/3) dos votos mais um.
8.º - No fim de cada votação, e depois de apurados os resultados, os papéis de voto são queimados no cálice.
Se não tiver havido conclusão, os papéis são queimados com palha húmida, provocando um fumo negro que sai por uma chaminé do Palácio do Vaticano.
É o sinal para o exterior de que ainda não existe sucessor.
O ritual repete-se até haver um eleito.
9.º - Quando há um escolhido, o fumo que sai da chaminé é branco e indica, aos que aguardam a decisão na Praça de S. Pedro, que já há um novo Papa.
10.º - O decano dos cardeais pergunta ao escolhido se aceita a eleição e o nome por que deseja ser conhecido;
11.º - O escolhido é, então, vestido com as vestes brancas de Papa e os cardeais prestam-lhe as primeiras homenagens.
12.º - O decano dos cardeais, acompanhado pelo novo Papa, vai até ao balcão e anuncia que “já há Papa” através da habitual frase: “Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus papam dominum cardinalem... qui sibi nomem imposuit...", que significa “comunico-vos uma grande alegria.
Temos como Papa o senhor cardeal... que escolheu para si o nome ....;
13.º - De seguida o Papa dá a sua primeira benção.
Uma coisa é quase certa... venha quem vier... ninguém conseguirá assemelhar-se a João Paulo II
Como se fala muito do estado de saúde de João Paulo II e se prevê o pior, este blog resolveu esclarecer todas as dúvidas no que diz respeito à eleição de um novo Papa.
Posto isto...
1.º - Em caso de morte, o camerlengo (cardeal nomeado pelo Papa encarregado da administração dos bens da Santa Igreja entre a morte ou abdicação do Papa e a escolha do seu sucessor) tem a responsabilidade de verificar através de um acto formal a morte do Sumo Pontífice: com a ajuda de um pequeno martelo de prata, bate três vezes na cabeça do falecido e chama-o pelo seu nome de baptismo.
O Anel pontífico e a matriz utilizada no lacre das cartas pontifícias são destruídos.
De seguida, o camerlengo manda selar os aposentos papais e executar o funeral de acordo com as instruções deixadas pelo falecido. O Papa pode ficar sepultado no local que entender: na sua terra natal, no Vaticano ou em outro sítio à sua escolha;
2.º - A Capela Sistina é preparada para o Conclave.
As visitas turísticas são imediatamente suspensas e todo o recinto é revisto "a pente fino" por uma equipa de segurança;
3.º - Os cardeais, cerca de 120, são convocados para o Conclave e reúnem-se o mais tardar 18 dias depois do anúncio da morte ou da abdicação do Papa.
O início do conclave é assinalado com uma missa na Catedral de S. Pedro.
Nessa altura, os conclavistas prestam juramento diante do camerlengo de que não irão quebrar o sigilo a que são obrigados, sob pena de excomunhão;
4.º - Os cardeais entram na Capela Sistina e são fechados à chave pelo lado de fora.
Enquanto não for tomada uma decisão, o que pode demorar horas, dias ou mesmo semanas, os cardeais ficam incomunicáveis. Para que tenham alguma comodidade durante este período, os eleitores são instalados no Palácio do Vaticano, que conta com 108 suites e 23 quartos individuais.
A ocupação dos quartos é feita por sorteio. João Paulo II mandou construir estas residências para permitir uma estadia mais cómoda aos eleitores.
Antigamente os conclavistas ficavam numa galeria do Vaticano onde eram erguidos uns tabiques e era atribuído um cubículo a cada cardeal. Aos cardeais só é permitido falarem entre si.
5.º - O ambiente dentro da capela:• A cadeira do Papa é retirada e são colocadas outras. No altar são colocadas seis velas e um cálice grande que servirá para colocar os votos.• Não são admitidos jornais, televisões, rádios ou aparelhos de gravação de som ou imagem. Existe apenas uma linha telefónica de uso exclusivo do camerlengo para situações de emergência.
6.º - Os cardeais seleccionam entre si nove elementos: três para a recolha dos votos, colocados num recipiente que roda entre os cardeais; três para a contagem dos votos e anúncio dos resultados e outros três para a revisão dos resultados;
7.º - São realizadas quatro votações por dia: duas de manhã e duas à tarde.
O Papa é eleito por dois terços (2/3) dos votos mais um.
8.º - No fim de cada votação, e depois de apurados os resultados, os papéis de voto são queimados no cálice.
Se não tiver havido conclusão, os papéis são queimados com palha húmida, provocando um fumo negro que sai por uma chaminé do Palácio do Vaticano.
É o sinal para o exterior de que ainda não existe sucessor.
O ritual repete-se até haver um eleito.
9.º - Quando há um escolhido, o fumo que sai da chaminé é branco e indica, aos que aguardam a decisão na Praça de S. Pedro, que já há um novo Papa.
10.º - O decano dos cardeais pergunta ao escolhido se aceita a eleição e o nome por que deseja ser conhecido;
11.º - O escolhido é, então, vestido com as vestes brancas de Papa e os cardeais prestam-lhe as primeiras homenagens.
12.º - O decano dos cardeais, acompanhado pelo novo Papa, vai até ao balcão e anuncia que “já há Papa” através da habitual frase: “Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus papam dominum cardinalem... qui sibi nomem imposuit...", que significa “comunico-vos uma grande alegria.
Temos como Papa o senhor cardeal... que escolheu para si o nome ....;
13.º - De seguida o Papa dá a sua primeira benção.
Uma coisa é quase certa... venha quem vier... ninguém conseguirá assemelhar-se a João Paulo II
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